Depois dos meses de abandono, me deparei com essa página de blog no meu e-mail. 'Meu Deus!', pensei. Pois é, já estava na hora de voltar.
Vou falar sobre uma música, uma série, um casal e um sentido. A música se chama The Story, cantada por Brandi Carlile. Recentemente, me tornei uma completa viciada em Grey's Anatomy, um seriado médico espetacular que conseguiu a façanha de me interessar mais que House. O motivo é simples: as histórias de Grey estão sempre mudando, House parece sempre a mesma coisa. Mas enfim, a série em questão é Grey's Anatomy, obviamente, e o casal em questão está situado nela. Calliope Torres e Arizona Robbins. Fofas.
Ao contrário do que parece meio óbvio, o sentido não sou eu dizendo que todas as séries deveriam ter um casal gay tipo Calzona, com uma história fixa e importância igual ou maior que os casais heterossexuais de sua série, não. Nada disso. A história é a seguinte:
No episódio 18 da 7ª temporada de Grey's, o casal sofre um acidente de carro logo após Arizona pedir a mão de Callie em casamento. Como estava sem cinto de segurança, Callie é arremessada pra fora do carro, sofre inúmeras lesões e compromete sua gravidez. Tensão total, e ela nem teve chance de dar uma resposta à Arizona!
Após vários procedimentos cirúrgicos, um parto prematuro e muita, muita música (não comentei que é um episódio musical, né?), Callie se vê inconsciente, com riscos altos de nunca mais acordar, e com sua linda namorada ao lado sofrendo e rezando para que, por milagre, fique tudo bem. Durante todo o episódio, Callie é um espírito vagante que acompanha seu corpo, mas parece não ter poder sobre ele. A única coisa que ela faz é cantar, e nesse momento, em pé ao lado dele, encarando sua amada, esse espírito parece ganhar forças. Começa a tal da música, The Story, muito bem cantada por Sara Ramirez.
"All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
Oh yeah it's true... I was made for you."
O espírito de Callie luta e consegue entrar em contato com seu corpo. A canção fica bem emocionante, se encaixa com a história das personagens e serve como um aviso à Callie de que se ela não estiver presente, não haverão histórias para serem contadas sobre ela, ou melhor, sobre elas. Após repetir várias vezes que foi feita pra Arizona, o espírito de Callie desaparece sorrindo muito. Segurando a emoção pra não chorar, a gente assiste o momento em que o corpo de Callie reage, e ela abre os olhos.
"Sim. Sim. Eu me caso com você."
E como se elas ainda estivessem dentro daquele carro, como se não houvesse acontecido acidente algum, Callie aceita se casar com Arizona. Afinal, uma foi feita pra outra.
E o sentido desse episódio pra mim é a força do amor. Como um sentimento pode fazer coisas impossíveis acontecerem por verdadeiros milagres. A Callie não podia ir embora, ela tinha uma história a ser escrita, tinha muitas histórias a serem contadas, e aquela pessoa ao seu lado, feita pra ela, seria com quem dividiria suas histórias, seria com quem construiria uma nova história. Ela não podia ir embora, ela tinha que acordar. E foi exatamente isso que ela fez, por amor.
Se eu pudesse resumir tudo numa frase só, eu diria que o amor é a maior força do mundo, e que com ele, podemos realizar o inimaginável.
O grande barato da vida é ter aquela pessoa com quem compartilhar o seu melhor e o seu pior também. É ter aquela sua metade, aquela sua peça de encaixe, aquela pessoa feita especialmente pra você. O barato da vida é saber valorizar o amor, lutar por ele, independente de como ele seja e de como se manifeste. Amar nunca está errado. Errado é não amar.
Fica a dica (: